quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Ban Ki-moon pede que homens se juntem à luta contra mutilação genital feminina




Em Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina, Unicef divulga relatório informando que pelo menos 200 milhões de mulheres e meninas já foram mutiladas



Redação | São Paulo - 06/02/2016 - 18h52



Em mensagem do Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital, neste sábado (06/02), o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediu aos homens que se juntassem à luta para erradicar a prática, da qual já foram vítima cerca de 200 milhões de mulheres e meninas, segundo a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância)
“Nunca foi mais urgente e mais possível dar um fim a isto, é hora de prevenir esse sofrimento humano imensurável e de empoderar as mulheres e meninas para que tenham um impacto positivo no mundo”, disse Ban na mensagem. “Agora é o momento para os homens ao redor o mundo assumirem a luta para acabar com a mutilação genital feminina com dedicação real”, reforçou ele.
De acordo com um relatório da Unicef, 200 milhões de mulheres e meninas já foram mutiladas no mundo. Mais da metade delas são apenas da Etiópia, Indonésia e Egito. E 44 milhões têm menos de 15 anos de idade. O número exato, contudo, ainda é desconhecido.
Yahya Jammeh, presidente da Gâmbia, país onde mais de 70% das meninas são mutiladas, baniu a mutilação genital feminina no país em novembro passado. O mesmo aconteceu na Nigéria, que baniu a prática em maio de 2015.
A ONU considera que o fenômeno se concentra principalmente, mas não apenas, em 30 países da África e do Oriente Médio. De acordo com o The Guardian, que faz campanha contra essa violência já há dois anos, cerca de 137 mil mulheres e meninas no Reino Unido já sofreram mutilação ou correm risco de sofrê-la.
A prática, que foi registrada pela primeira vez nas tumbas das princesas dos faraós, remove os órgãos externos sexuais das mulheres e tem o intuito de impedi-las de sentir prazer sexual. A realização do procedimento pode acabar provocando infecções, complicações durante o parto ou até levar à morte.

Nenhum comentário: