domingo, 6 de abril de 2025

Negrinho do Pastoreio (em cordel)

 


 

Um meninozinho preto

Que não tinha liberdade,

Que vivia numa fazenda

Sofrendo muita maldade:

Meu cordel vai falar dele

Pr’ocês e pra toda a cidade.

 

Quisera muito eu que isso

Não fosse verdade não,

Mas foi fato acontecido,

Não aqui no meu sertão,

Mas lá nos pampas gaúchos,

No sul da nossa nação.

 

Lá numa grande fazenda

Vivia, então, escravizado,

Um menino bem ativo,

Aos cavalos dedicado.

Tratava dos animais

Dum jeito que não era tratado.

 

Sim, amor demais ele dava

Para aqueles animais,

Mas nunca recebeu amor,

Nunca conheceu a paz,

Só trabalho - era sua vida,

Sem brinquedo ou amor dos pais.

 

Nesse tempos de escravismo,

Sendo uma criança escrava,

Você era, então, vendido

Seu “dono” lhe separava

Da família original,

De quem você mal lembrava.

 

Esse menino, então,

Numa fazenda foi morar.

Acordava muito cedo

E começava a trabalhar

Dando àqueles animais

Um afeto exemplar.

 

Mesmo assim, o fazendeiro

Nunca lhe tratou direito.

Por qualquer coisa o açoitava,

Num completo desrespeito.

Fingia não ver que o menino

Fazia um trabalho perfeito.

 

Os donos de escravos eram

Ruins, sádicos demais.

Pareciam se divertir

Com aqueles gemidos e ais

De muitos cuja liberdade

Não alcançaram jamais.

 

Foi um dia e o menino,

Que os cavalos pastorava,

Não viu que o preferido

Do dono se afastava:

É que o meninozinho

Muito cansado estava.

 

O capataz foi depressa

Falar para o fazendeiro

Que o seu bicho preferido,

O seu cavalo primeiro,

Estava perdido nos pampas,

Solto, sem paradeiro.

 

O fazendeiro mandou trazer

O negrinho do pastoreio

Pra “lhe dar uma lição,

Pra cuidar do bem alheio”.

O menino chegou e ele disse:

“Você vai fazer um passeio.”

 

Não, não era passeio,

Era um castigo traiçoeiro:

O menino, amarrado

Num enorme formigueiro,

Pra passar a noite toda

Torturado e prisioneiro.

 

Quando o dia amanheceu

O fazendeiro foi lá ver

O triste fim do menino

Que estaria a morrer.

Mas, para sua surpresa,

O que viu não pôde crer.

 

O negrinho do pastoreio

Já não estava lá só:

Montado num cavalo baio

E seis cavalos ao redor.

Nossa Senhora ao seu lado

Era a surpresa maior.

 

O fazendeiro, assustado,

Correu até o casarão.

E o Negrinho galopou

Dos Pampas até o sertão,

Passando a guiar pessoas

Fugidas da escravidão.

 

Animais que estão perdidos

Ele ajuda a encontrar.

E também os objetos

Que alguém está a procurar.

Os gaúchos inda hoje

Costumam vê-lo por lá.

 

Essa é só uma das tantas

Histórias da escravidão

Que aconteceram no Brasil

Do litoral ao sertão,

Dos Pampas ao Amazonas,

E em toda nossa nação.

 

É uma tristeza que um dia

Tanto mal tenha existido

Em nosso e em outros países,

Que pessoas tenham sofrido

Violências e abusos

E milhões tenham morrido.

 

Que essas memórias tristes

Ensinem uma grande verdade:

De não tratar nunca mais

Ninguém como propriedade

De qualquer outra que seja.

Viva, enfim, a liberdade.

 

sexta-feira, 4 de abril de 2025

Why you should watch “Silver linings playbook”: a raw, funny, and moving masterpiece

 

 


If you love films that mix sharp humor with deep emotional truths, Silver Linings Playbook (2012) is a must-watch. Directed and written by David O. Russell, this Oscar-winning dramedy is a rollercoaster of love, mental health struggles, and family bonds — all delivered with an energetic pace that keeps you hooked.

 

Brilliant Direction & Screenplay

 

David O. Russell’s direction is chaotic yet controlled, mirroring the ups and downs of its characters. The screenplay is witty and fast-moving, avoiding clichés while making every conversation feel real. Like life itself, the film balances humor and pain effortlessly.

However, what makes it truly special is how it handles mental illness — not as a plot device, but as a real, messy part of human existence.

 

Unforgettable Performances

 

Bradley Cooper delivers a career-best performance as Pat Solatano, a man with bipolar disorder trying to rebuild his life. His intensity and vulnerability make Pat impossible to look away from.

 

Jennifer Lawrence (who won an Oscar for this role) plays Tiffany, a sharp-tongued widow battling depression. Her chemistry with Cooper is electric — if you love complex, flawed characters, you’ll adore them.

 

Robert de Niro steals scenes as Pat’s superstitious, football-obsessed father, adding humor and heart to the family dynamics.

 

Fast-paced & full of energy

 

Unlike slow-burning dramas, Silver Linings Playbook moves quickly — from explosive family fights to awkward, heartfelt moments. The film’s rhythm matches Pat’s manic energy, making it engaging from start to finish.

A Snapshot of American Culture

 

The film dives into U.S. culture in ways that feel authentic:

 

Football mania: Pat’s father believes the Philadelphia Eagles’ games dictate their family’s luck, like many real-life superstitious fans.

 

Small-town life: Neighbors gossip, everyone knows each other’s business, and local events (like the dance competition) bring people together.

 

The “self-improvement” mindset: Pat’s relentless optimism (“Excelsior!”) reflects the American belief in second chances — however, the film also shows how hard real change can be.

 

Mental Health Portrayed with Honesty

 

The movie doesn’t shy away from tough topics:

Bipolar disorder (Pat’s unpredictable highs and crushing lows).

Depression & grief (Tiffany’s self-destructive tendencies after losing her husband).

OCD & anxiety (Pat’s father’s rituals).

 

What makes it powerful is that it shows recovery isn’t about being “fixed” — it’s about learning to live with your struggles.

 

Memorable Lines from the Script

 

Pat: “I’m not going to be one of those zombies… I’m alive! I’m alive, and I know what’s real!”

 

Tiffany: “There will always be a part of me that’s dirty and sloppy, but I like that. Just like all the other parts of myself.”

 

Tiffany: “You think I'm crazier than you. You're afraid to be alive. You're afraid to live. You're a hypocrite. You're a conformist. You're a liar!”

 

Final verdict: a film that stays with you

 

Silver linings playbook is a rare gem — funny, heartbreaking, and uplifting all at once. If you want a movie that treats mental health with honesty while keeping you entertained, this is it.

 

Rating: (4.5/5)

 

Watch it for: The incredible acting, the sharp dialogue, and a story that finds hope in life’s chaos.

 

Have you seen Silver linings playbook? What did you think? Let me know in the comments!