Em Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina,
Unicef divulga relatório informando que pelo menos 200 milhões de mulheres e
meninas já foram mutiladas
Redação | São Paulo - 06/02/2016 - 18h52
Em
mensagem do Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital, neste
sábado (06/02), o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediu aos
homens que se juntassem à luta para erradicar a prática, da qual já foram
vítima cerca de 200 milhões de mulheres e meninas, segundo a Unicef (Fundo das
Nações Unidas para a Infância)
“Nunca
foi mais urgente e mais possível dar um fim a isto, é hora de prevenir esse
sofrimento humano imensurável e de empoderar as mulheres e meninas para que
tenham um impacto positivo no mundo”, disse Ban na mensagem. “Agora é o momento
para os homens ao redor o mundo assumirem a luta para acabar com a mutilação
genital feminina com dedicação real”, reforçou ele.
De
acordo com um relatório da Unicef, 200 milhões de mulheres e meninas já foram
mutiladas no mundo. Mais da metade delas são apenas da Etiópia, Indonésia e
Egito. E 44 milhões têm menos de 15 anos de idade. O número exato, contudo,
ainda é desconhecido.
Yahya
Jammeh, presidente da Gâmbia, país onde mais de 70% das meninas são mutiladas,
baniu a mutilação genital feminina no país em novembro passado. O mesmo
aconteceu na Nigéria, que baniu a prática em maio de 2015.
A
ONU considera que o fenômeno se concentra principalmente, mas não apenas, em 30
países da África e do Oriente Médio. De acordo com o The Guardian, que
faz campanha contra essa violência já há dois anos, cerca de 137 mil mulheres e
meninas no Reino Unido já sofreram mutilação ou correm risco de sofrê-la.
A
prática, que foi registrada pela primeira vez nas tumbas das princesas dos
faraós, remove os órgãos externos sexuais das mulheres e tem o intuito de
impedi-las de sentir prazer sexual. A realização do procedimento pode acabar
provocando infecções, complicações durante o parto ou até levar à morte.
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